A manhã desta sexta-feira, 08, foi marcada pelo VI Colóquio Jornalismo de Resistência, coordenado por Felipe Pena (UFF/Intercom) e coordenação adjunta de Franco Dani Araújo e Pinto (Univale). Na mesa ´´Jornalismo de Resistência´´, tivemos como participantes o jornalista e ex-ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil, Franklin Martins; jornalista e ex-deputado federal Jean Wyllys; o juiz federal Edevaldo de Medeiros. ´´O movimento contra a ditadura se expressou em um jornalismo sindical, estudantil, de ideias. Com a chegada do AI5, não pôde resistir. Foi um periodo de tortura e censura nos jornais. Apesar disso, havia a ideia da insubmissão. Foi uma geração que enfrentou a ditadura. O que favoreceu o fortalecimento dos movimentos sociais até chegarmos ao Movimento Diretas Já´´, destacou Franklin Martins, afirmando o poder dos movimentos sociais. Ele considera que o jornalismo, no final dos anos 80 e começo dos 90, com as redemocratizações, o que estabeleceu um pacto democrático, com mais possibilidades de melhorias para o país e interferência, de fato, do povo.´´O Brasil sempre teve uma concentração das mídias nas mãos de poucas famílias e produziam um discurso que tinha a cara do interesse dos donos e não dos jornalistas que faziam o jornalismo. Essas famílias sempre tiveram o aparelho ideológico´´, disse Jean Wyllys. Ele falou da dificuldade dos jornalistas nas linhas editoriais dos jornais, comparando a uma arena. A guerra semiótica, a guerra pelo controle da informação, que é uma realidade, foi vencida pelo jornalismo de resistência. ´´Defender as minorias, é ficar do lado das minorias´´, concluiu o juiz federal Edevaldo de Medeiros.


A sessão 5 do Grupo de Pesquisa foi sobre o tema ´´Caminhos de Educomunicação´´. Coordenada por Juliane Martins(UFPR), a sessão trouxe abordagens sobre os tipos de educação e aprendizados. A construção do conhecimento é possível a partir da ação conjunta entre os sujeitos que estão em busca de novos saberes e é importante que as práticas educativas estejam interligadas às necessidade do público que está recebendo o conhecimento. ´´A educomunicação propõe a escuta, o diálogo, o sentir e experimentar, mas, também, um grande trabalho, sobretudo, de construção´´, disse Edilene Teles, uma das autoras que abordou a educomunicação.


Ainda na manhã desta sexta-feira, aconteceu a Oficina: ´´Comunicação Inclusiva: desafios e possibilidades para a acessibilidade comunicativa´´. E trouxe Tamires Ferreira Coêlho (UFMT) e Isabella Szabor Machado Mustafé (UFG) como ministrantes. A oficina abordou temas como a comunicação inclusiva, citou a criação de uma rádio para surdos e contou com apresentações descritivas para a comunicação atingir todos os públicos. ´´A gente não tem que colocar a deficiência como principal característica, esse silenciamento sobre a deficiência ajuda a distanciar a ideia de deficiência. Até hoje o senso comum fala que a pessoa deficiente não tem autonomia, mas a sociedade não dá oportunidade para ela ter essa autonomia. As referências que temos de pessoas com deficiência são poucas´´, disse Tamires Ferreira Coêlho. A sociedade não está habituada a escutar essas pessoas. A diversidade na ́ ́timeline ́ ́ das redes sociais e representatividade em produções cinematográficas também é uma questão que precisa ser debatida. Na oficina, foi destacou-se que a deficiência seja uma doença, mas apenas uma diferença. A programação segue durante o dia todo.

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